A nutrição parenteral parcial (PPN) é uma das intervenções mais importantes no cuidado de cães e
gatos debilitados, hospitalizados ou que simplesmente não conseguem manter ingestão nutricional
adequada. Mesmo assim, ainda é um recurso subutilizado na rotina clínica, apesar de existir ampla
evidência mostrando que a falta de suporte metabólico adequado aumenta mortalidade, prolonga
internações e prejudica a recuperação de pacientes críticos.
Neste artigo, apresento uma visão clara, prática e integrativa sobre a PPN — baseada em experiência
clínica, fisiologia, bioquímica e literatura científica atual.
■ O que é PPN?
A PPN consiste na administração intravenosa de aminoácidos, vitaminas, minerais, eletrólitos e glicose controlada, com o objetivo de fornecer suporte metabólico enquanto o trato gastrointestinal não está apto ou não é suficiente para suprir as demandas do organismo. Ela não substitui completamente a alimentação oral, mas atua como um reforço fundamental para evitar deterioração metabólica.
■ Por que isso é tão importante?
A partir de 24–48 horas sem ingestão adequada, o organismo inicia um processo de: degradação acelerada de massa magra (catabolismo), queda da imunidade, piora do estado inflamatório, redução de força e energia, comprometimento da mucosa intestinal, aumento do risco de sepse e endotoxemia.
■ O que compõe a PPN?
Inclui aminoácidos, vitaminas (principalmente complexo B), minerais, eletrólitos e glicose controlada quando indicada. Não há uso de emulsões lipídicas neste tipo de abordagem.
■ Quando iniciar PPN?
Idealmente entre 24 e 48 horas de hiporexia ou anorexia, especialmente quando há vômitos, dor abdominal, doenças gastrointestinais, pós-operatório, internação prolongada, doença oncológica, fraqueza intensa e risco de lipidose hepática (especialmente em gatos).
■ Benefícios da PPN
Preserva massa muscular, reduz debilidade, protege a mucosa intestinal, estabiliza o metabolismo, melhora resposta clínica e reduz tempo de internação.
■ Quando iniciar PPN?
Idealmente entre 24 e 48 horas de hiporexia ou anorexia, especialmente quando há vômitos, dor abdominal, doenças gastrointestinais, pós-operatório, internação prolongada, doença oncológica, fraqueza intensa e risco de lipidose hepática (especialmente em gatos).
■ Pacientes que mais se beneficiam
Oncológicos, gastrointestinais, pós-operatórios, imunossuprimidos, gatos com risco de lipidose, pacientes com náusea persistente e dor intensa.
■ Importância do olhar integrativo
A PPN se integra a fitoterápicos seguros, terapias injetáveis, laserterapia, moduladores do SEC, homeopáticos, suporte emocional (florais, aromaterapia), manejo da dor, modulação intestinal e termografia
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Referências científicas
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2016.
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